Nova droga corrói pele e músculos e
deixa ossos à mostra
Do Portal HojeemDia
via Tirando a Limpo
O composto é um derivado da morfina, a desmorfina, que é um opioide
(analgésico) de oito a 10 vezes mais potente
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A vida do viciado em krokodil passa
a ser produzir para consumir
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Uma nova droga tem se espalhado pela
Rússia e dizimado seus usuários. Produzida a partir da mistura de comprimidos
de codeína, gasolina, solvente, ácido hidroclorídrico, iodo e fósforo vermelho
(obtido de caixas de fósforo comuns), o krokodil causa efeitos devastadores.
A droga recebeu este nome devido às
consequências comuns ao seu uso, que são pele em tom esverdeado e cheia de
escamas, como a de um crocodilo.
Utilizada, geralmente, como
alternativa à heroína, a droga injetável corrói a cútis e os músculos, deixando
os ossos à mostra. O composto é um derivado da morfina, a desmorfina, que é um
opioide (analgésico) de oito a 10 vezes mais potente, e acaba anestesiando o
local, que sofre gangrena e provoca dores insuportáveis. A pessoa apodrece até
a morte.
O baixo preço da dose do krokodil, que normalmente custa cerca de R$ 10,
tem servido como alternativa aos viciados em heroína, que pode chegar a R$ 170
a dose. A facilidade de adquirir os componentes químicos para
a produção da droga também tem se mostrado um atrativo.
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No entanto, enquanto os efeitos da
heroína podem durar cerca de oito horas, os do krokodil chegam, no máximo, a 90
minutos. Assim, como a droga é feita em casa, em cerca de uma hora, a vida do
viciado passa a ser produzir para consumir. Nestes casos, os usuários não
sobrevivem mais que dois anos.
Segundo o Ministério da Saúde da
Rússia, o vício em heroína chega a matar 30 mil pessoas por ano no país, o que
representa um terço das mortes globais causadas pela droga. Como o krokodil só
chegou à nação há quatro anos, os dados relativos ao seu consumo ainda não são
certos. Contudo, o governo assume já ter conhecimento da sua existência. No
início do ano, o presidente Dmitry Medvedev pediu a exclusão dos sites que
explicam como a droga é produzida. A extinção da pílula, no entanto não foi
solicitada.
Em maio, um porta-voz do Ministério
da Saúde da Rússia anunciou que havia um projeto que permitiria a venda da
codeína apenas sob prescrição médica, mas até hoje a medida não foi tomada. “Os
comprimidos não custam muito, mas as margens de lucro são altíssimas. Algumas
farmácias têm 25% de seus lucros na venda desses remédios. Não é do interesse
das farmacêuticas que isso acabe. O governo precisa usar seu poder para
regulamentar a venda”, disse em entrevista ao jornal britânico The Independent.
O porta-voz ainda adverte que, com a
retirada da heroína, os sintomas de abstinência duram, em média, 10 dias.
“Depois disso, ainda há um grande risco de recaída, mas a dor física deixará de
existir. Com o krokodil, a dor pode durar até um mês e é insuportável. O
usuário injeta a droga novamente só para deixar de sentir a dor”, afirma.
A assessoria do Ministério da Saúde
do Brasil não soube informar se a droga já chegou ao país.
Assista ao vídeo que exibe um dos estágios mais avançados da corrosão.
CUIDADO! Imagens fortes!
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